Noite
alta
Sublime,
etérea.
Mil
estrelas
A
fulgurar
Na
amplidão
De
seu regaço
Estou
só...
Sozinho,
Sem
o calor,
Abrasador,
De
teu olhar
Só
amargura.
Solidão
apenas.
Tudo
quietude
Tudo
envolvente
Mansidão
aterradora.
Tangem
chorosas
Ao
longe...
Bem
longe,
Num
lamento
Vago,
sincero
As
cordas miraculosas
De
um violino.
Pobre
coração,
Apaixonado!
Ferido
no âmago
Por
alguém
Que
um dia lhe
Pertenceu.
Hoje,
triste,
Abandonado,
Maltratado,
Só
lhe restam
Um
violino
A
lua e
Mil
estrelas
A
cintilar.
17-12-1961
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