A
luz se apagou.
Apagaram-se
os sonhos.
Foram-se
os belos dias,
As
alegrias, os gritos,
As
tristezas, tudo,
Tudo
acabado.
Calou-se
uma boca.
Fecharam-se
dois olhos,
Dois
olhos que brilharam,
Que
enterneciam,
Que
fulguravam.
Não.
Não eram olhos.
Eram
estrelas, sim estrelas...
Eles
cintilavam, eles...
Eles
exprimiam o infinito.
Mas,
como, porquê?
Quem
a levou, quem?
As
estrelas? O céu? A terra?
Ah!
A água! Impiedosa.
Maldita
sejas assassina.
Tu
levaste uma flor,
Sim,
uma flor, como a rosa.
Tu
rompeste o estame,
O
estame de uma mocidade.
E
agora, José, e agora?
Ela
deixou-nos. O infinito
Aquele
infinito a tragou.
Mas
ainda há algo,
Algo
nos legado por Aquele
Que
um dia se fez mártir.
Conforme-se,
José.
O
paraíso a espera.
Ela
não nos deixou
Ela
mudou-se, ela
Foi
para a terra das estrelas,
...
a sua terra.
5-04-1962
Nenhum comentário:
Postar um comentário