Uma
lágrima que rola
Um
lenço que se agita ao longe
Um
aceno que se esvanece
Entre
as saudades do passado
Um
coração partido, ensanguentado,
Uma
prece que sobe aos céus
Pedindo
clemência e perdão
Desesperadamente
a chorar
Por
tê-la amado tanto
Por
ter amado o impossível.
Oh!
Mísero coração! Pobre infeliz!
Tu
amaste tanto, tanto que
Tu
te sufocaste em teu próprio amor.
E
agora? Que tens tu? Que te resta?
Não,
não devias ter tanto amado
Tu
não poderias tê-la para ti.
Oh!
Triste ironia! Fatalidade cruel!
Que
triste adeus nesta hora de amargura!
A
tarde vai morrendo
E
com ela esta inglória vida.
É
triste, é triste demais
Partir,
e sentir tudo acabado
Tudo
aquilo que queria
Tudo
aquilo que amava.
É
triste vê-la ao longe
A
acenar, a chorar. É triste!
E
entre aquelas meigas faces
Ainda
sinto o ardor
De
uma lágrima que rola.
7-08-1962
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