Chove.
Mansamente chove.
Lá
fora o vento murmura
Como
a dizer, soturnamente,
Que
os céus estão em pranto, que
A
Musa, desesperada, se pôs a soluçar.
Chove.
E é noite. Noite chuvosa.
Noite
escura e triste... e fria.
Chora
a Musa, e com ela o vento.
E
o vento a aflar em sua nostalgia.
Por
que choras, ó Musa? Por que estás a soluçar?
Chove.
E o vento continua.
Mensageiro
do Além, que aqui deixa
A
Nostalgia, essa doce tristeza, inexplicável,
Que
me atormenta e em mim quer habitar.
E
a noite é fria... e triste é a noite.
27-08-1962
Nenhum comentário:
Postar um comentário