quinta-feira, 3 de abril de 2014

Poema




És um vulto,
Um vulto negro
E frio.
Pareces flutuar
Num mar imenso
De irrealidade.
Contudo
Pareces viver
... e estar triste.
Estar triste
E só
Neste mundo
Obscuro.
O véu da noite
 Parece envolver-te.
Não sei, porém,
Se é a tristeza
Que te faz
Tão gélida.
Vejo-te pensar,
Ou orar... quem sabe?
Tua oração
Exprime doçura
Ou alento
Para a alma
Virgem tu és,
Virgem é teu rosto.
Não vejo os olhos teus,
Mas sei que são doces.
Tu és um poema
És a virgem
Toda pura.




22-10-1963



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