Mais
um novo ano se desponta,
Um
velho ano se desvanece.
E
a gente vai com o tempo,
Na
eterna marcha para o desconhecido.
Saudades
que ficam,
Risos
que se foram,
E
que não voltam mais,
Compõem
o quadro
De
uma fase, de uma época,
De
uma vida.
O
pranto rolado
Talvez
não haveria razão de ser
Se
fosse hoje o adeus,
Se
fosse hoje o desprezo,
Se
fosse hoje a solidão.
Ah!
a solidão!
-
Mas que solidão,
Se
não há solidão ?!
Se
diz, se canta, se cala
A
solidão.
Embora
por trás se esconda
A
vaidade.
O
orgulho faz-nos só
Sós
somos deuses.
Uns
míseros deuses!
A
passagem simboliza
A
alma
Na
viagem para a luz
Na
viagem para a paz.
O
tempo muda; mudará?
Ou
somos nós?
Creio,
somos nós!
O
ano passa.
Deficiências
ficam.
E
a alma se despe do inútil,
Torna-se
leve... e sobe!
Abrem-se
perspectivas,
Abrem-se
prisões,
Desanuvia-se
o céu,
Detém-se
a tempestade,
Alumia-se
o caminho
E
é a luz
Da
paz.
31-12-1963
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