Destas
plagas mineiras,
Desta
Serra da Saudade,
Destas
colinas verdejantes,
Destas
mansas ribeiras,
Onde
domina a garça,
Onde
esvoaçam os passarinhos,
Onde
o simples é exuberante,
Eu
te vejo em toda a tua magnitude,
Em
toda a tua grandeza.
Dores
do Indaiá!
Terra
de bravos e de humildes.
Onde
o forte impera,
Onde
a natureza cai vencida
Perante
a avalanche audaciosa
De
sólidos pioneiros.
Onde
a terra é rasgada
Pelo
sulco do progresso,
Onde
a esperança reina
E
domina em cada alma.
Eu
te vejo e te admiro.
Dores
do Indaiá!
Terra
imponente, terra de gigantes,
Terra
de fortes e de bravos.
Tu
já acolheste em teu solo,
Ó
quinhão amado,
As
botas rotas e dominadoras
De
audazes bandeirantes,
Tu
já presenciaste, há tempos,
O
lamento de uma índia bela,
O
choro de uma criancinha faminta,
Tendo
aos pés o cadáver do pai,
Um
tapuia valoroso, audaz,
Que
ao te defender, ó paraíso,
Aqui
tombou e a terra estremeceu.
Tu
és de nobre estirpe, ó terra,
Tu
és mãe do filho do protomártir,
Ó
gloriosa terra, levanta.
Ó
Dores do Indaiá querida,
Mostrai
a tudo e a todos
O
quanto és brava e valorosa.
Ó
terra de heróis, soerguei!
Levantai
o teu brando triunfante,
E
então eu te verei
E
admirar-te-ei ainda mais.
Dores
do Indaiá!
21-12-1962
Boa tarde prezado Dr. Antônio. Como vai o senhor? Esse poema é de sua autoria? Grande Abraço!
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