Trago
ainda em mim a doce imagem
Dum
ente amado de imortal memória,
Dum
vago rosto na cruel voragem
De
minh’alma escura e sem história.
Procuro
agarrá-la num anseio
E
vejo com tristeza que ela foge,
Esquiva-se
e busca por todo meio
Desprezar-me
pra eu não a tenha hoje.
O
castelo que outrora eu construíra
Com
carinho e esperança a envolver-me,
Pra
meu penar há muito já ruíra.
Em
vão evito a treva a enoitecer-me,
Busco
n’alma a paz que de mim partira
A
imagem luz não vem mais socorrer-me.
27-09-1963
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